A análise de Vitor Ribeirinho, CEO/ Senior Partner da KPMG Portugal
Iniciamos o último trimestre do ano com um optimismo moderado da parte dos participantes na mais recente edição do barómetro. O contexto internacional, apesar das boas notícias recentes em relação ao conflito no Médio Oriente, e as tarifas comerciais dos EUA continuam a pesar nas opiniões, com mais de metade dos inquiridos (56%) a revelar que as receitas dos primeiros oito meses do ano estão em linha com o esperado e 70% a esperar um crescimento moderado até ao final deste ano. Este é um sentimento que contrasta ligeiramente com aquele que identificámos a partir do nosso estudo “Global Female Leaders Outlook 2025” que lançámos recentemente e que conta com a participação de cerca de 500 mulheres líderes empresariais, entre as quais Portugal também está representado. Apesar de apenas 32% das executivas nacionais confiarem na melhoria da economia internacional nos próximos três anos, a verdade é que os níveis de confiança relativamente à realidade nacional são elevados e 71% das participantes acredita no crescimento da economia portuguesa nos próximos anos. Um crescimento que deverá ter por base o Orçamento do Estado, cuja proposta foi apresentada recentemente pelo Governo, que parece ter ouvido as opiniões emitidas pelos inquiridos do barómetro. Os participantes revelaram que as quatro prioridades deverão ser o crescimento económico, a diminuição da carga fiscal (IRS e IRC) e as políticas de habitação e a verdade é que os vários indicadores estão presentes directa ou indirectamente na proposta apresentada para 2026. O final do ano promete ser bastante dinâmico, com vários momentos importantes, entre os quais a evolução dos conflitos internacionais, a aprovação da proposta de Orçamento do Estado e a definição das estratégias das organizações para 2026, com vários desafios, mas ainda mais oportunidades no horizonte.
Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 235) da Executive Digest, no âmbito da XLIV edição do seu Barómetro.














